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O renascer da lenda

Não se trata de uma “Fênix renascida” em todo o seu esplendor, mas esta versão 9 é, sem dúvida, o sinal de que o Lightwave está no bom caminho, implementando funções que há tempo os usuários sentiam falta. A inclusão do chamado “Studio Production Style”, é um rearranjo de menus, no qual juntam-se o Node Editor, o incremento da velocidade de rendering, a implementação de OpenGL 2.0 no Layout e a introdução de câmeras ímpares no mundo 3D, entre outras novidades.

Na década de 90 o Lightwave estabeleceu-se como líder na linha de software de animação 3D, dedicado a efeitos especiais para séries televisivas, especialmente “spaceshows”. Era um programa monetariamente acessível e de fácil aprendizagem, que possuía um motor de rendering que permitiu a rápida obtenção de resultados realistas com pouco esforço, uma interface imediata e intuitiva.
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A Newtek tinha assim a fórmula para ter o seu programa onipresente em praticamente todas as séries de ficção científica e fantasia da altura: “Babylon 5”, “Star Trek:Voyager”, “ST: Deep Space 9”, “Space: Above and Beyond”, “Buffy – Caçadora de Vampiros”. “Hércules” e “Xena, a Princesa Guerreira”. Infelizmente, apesar de ainda ter forte presença televisiva em séries contemporâneas como “Stargate SG-1”, “Stargate Atlantis”, “CSI”, “Battlestar Galáctica”, “Roma”, “Lost” e “Prison Break”, nos últimos anos as coisas não têm corrido perfeitamente: o programa tornou-se num manto de retalhos, plug-ins atrás de plug-ins que, devido a um SDK deficiente, não se comunicava uns com os outros e carência de ferramentas e conceitos que a concorrência foi implementando e que não foram acompanhados por parte do Lightwave.

Renascimento?

O fato de os criadores originais terem saído da Newtek e ido para outras localidade (formando a Luxology e criando o Modo) levando consigo grande parte dos principais programadores não trouxe nenhum benefício. Pelo contrário, obrigou a Newtek a refazer a sua equipe de programação praticamente do zero, a qual se teve de integrar no código para perceber o que se passava e delinear o caminho a percorrer. Claro que estas coisas levam tempo e, entretanto, os usuários foram deixados num estado caótico sem saberem muito bem o que fazer, especialmente quando passaram 10 anos da sua vida dependendo deste programa e de repente têm de virar para outro lado para poderem acompanhar os tempos.

Enquanto a equipe se estabelecia e planejava a linha de ação, saiu a versão 8, já das mãos do novo grupo, cujo ciclo de desenvolvimento apresentou, no mínimo, muitos bugs corrigidos e um programa mais firme. Mas, tirando umas ferramentas aqui e ali, a versão 8 foi uma desilusão, introduzindo apenas uns quantos plug-ins desgarrados, com fraca documentação e que muito prometiam e pouco cumpriram, o que levou à perda de esperança de que o Lightwave pudesse de novo subir à ribalta de que tanto tinha usufruído no passado. É assim que chega a versão 9, num ambiente pouco otimista, partindo de sete meses de atraso da data anunciada na Siggraph 2005. Com este panorama pela frente, o slogan da Newtek é um apropriado “Lightwave: Reborn”


Fonte: Produção Profissional

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