Final Scratch, Serato, Torq, Virtual Vinil. Se por um lado pipocam sistemas de mp3 baseados em simulação com vinil, do lado dos softwares, o Traktor DJ Studio da Native Instruments vem reinando sozinho. Até agora: chegou o Deckadance.
Antes do Final Scratch, existiam diversas opções de programas para mixar mp3: desde o pioneiro Virtual TurnTables (o finado VTT), até o Traktor DJ Studio, passando por clássicos como o PCDJ, BPM Studio, Virtual DJ e o MixVibes, entre muitos outros.
E tudo começou com o lendário Virtual TurnTables, projeto abandonado desde 1999
Depois que a tecnologia de simulação com vinil do Final Scratch foi desvendada e popularizada, surgiram várias soluções de peso, como o popular Serato Scratch Live, Ms. Pinky, e mesmo uma segunda versão do Final Scratch, e até mesmo os recentes Torq (da M-Audio) e Traktor Scratch, agora 100% produzido pela Native Instruments.
A partir daí, o mercado de softwares para DJing se voltou completamente para a emulação com vinil: PCDJ, MixVibes, Virtual DJ, BPM Studio, todos passaram a perseguir as soluções baseadas em vinil. Mesmo iniciativas menores, como o acessível DJ Decks, só alcançaram popularidade quando passaram a oferecer suporte aos vinis especiais de simulação, também conhecidos como vinis de timecode.
Com isto, o programa Traktor DJ Studio, hoje em sua versão 3, alcançou popularidade imensa e conquistou o mercado — parece que 9 de cada 10 controladores midi estão vindo com o Traktor 3 LE como software padrão.
Até que a empresa Image Line, produtora do famoso programa de produção musical Fruity Loops, resolveu se meter neste mercado. E agora apresenta sua solução: o software Deckadance.
Deckadance exibindo parte de suas duas skins principais (clique para ampliar)
Sim, mais um programa de DJing. Porém, este tem uma grande diferença: é um programa de DJing, ou seja, não se prende a uma solução de vinil ou controlador midi exclusivo. Ao contrário: o produto promete compatibilidade total com uma série de controladores midi, como o Behringer BCD2000 e 3000, Vestax VCI-100, Allen & Heath Xone 3D, M-Audio X-Session, Hercules DJ Console e EKS XP10 (leia mais sobre controladores aqui). E também com diversas soluções de vinil, como o Final Scratch, Serato, MixVibes, Ms. Pinky. Torq e Virtual DJ. Ótimo começo!
O programa possui outro diferencial enorme: ele roda efeitos VST, o que permite expandir ao máximo a gama de efeitos que ele pode produzir. E ele mesmo pode rodar como um instrumento VST! Ou seja, você pode rodá-lo a partir do Ableton Live ou do Cubase, permitindo que o mesmo seja usado como um instrumento dentro de sua faixa ou na sua apresentação ao vivo.
Veja por exemplo este vídeo de um usuário brincando com a função de loop usando efeitos VST:
O segredo? Ser um programa de discotecagem desenvolvido por uma empresa que está há anos no mercado de softwares de produção musical em estúdios. E olha que o Fruity Loops é duramente criticado por especialistas. Imagine se fosse algo feito pela Steinberg ou pela Propellerheads.
O site do Deckadance possui uma demo para você baixar e experimentar. Vale lembrar que esta é a primeira versão, e portanto, deve ter seus bugs e defeitos (muita gente está tendo dificuldades em confiigurá-lo com o Behringer BCD2000). Porém vale a pena torcermos muito por ele. Afinal, é uma opção que te dá liberdade para você trabalhar da forma como quiser, com a aparelhagem que você já possui.
A liberdade é tanta, que um doido resolveu usar o revolucionário controle do videogame Nintendo Wii para controlar o Deckadance:
Sem dúvidas, depois do mico que foi o desfecho da Stanton com seu Final Scratch Open (que em breve abordo por aqui), o caminho é a plataforma aberta. E quem diria que os programas que são dedicados somente a tocar voltariam a ser tendência.
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